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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Entre "vetores" e "climas" de contextos sanitários e econômicos.

Colaborador Roberto Rocha

Com as flutuações térmicas observadas nas últimas décadas, é de se esperar - como já vem ocorrendo - surtos de doenças - cada vez mais frequentes - em populações selvagens, com possibilidades de envolvimentos com humanos. 

O Brasil precisa considerar que medidas mitigadoras, adaptativas , entre outras - de cunho agrícola - devem vir acompanhadas de intensos estudos e monitoramento de patógenos de animais selvagens nos diversos biomas do país. Urge intensificar recursos para que as equipes brasileiras possam cumprir suas metas conforme seus programas sanitários específicos. Estamos num país tropical, megadiverso, onde circulam um sem número de prováveis vetores hematófagos, mais ativos ainda em períodos quentes, revezando com fortes chuvas e alagamentos. 


O desequilíbrio ambientai causado por drogas tóxicas está agravando ainda mais a situação atual e afetando as teias alimentares e os serviços ecossistêmicos dos quais dependemos única e exclusivamente. Não somos tão autônomos como se possa imaginar. A economia também pode despencar - a qualquer momento - com a intervenção de organismos microscópicos associados às alterações atmosféricas presentes e, além disso, o impedimento da circulação dos "rios voadores" que são um dos nossos trunfos de produção. Extinguir florestas é impedir que a água chegue nos locai mais distantes, não exatamente por baixo, como nós estamos acostumados a ver, mas nas nuvens carregadas de água nos céus. 

              

Destruir florestas desequilibra também a circulação de vetores e microorganismos, os mais diversos. Os programas econômicos devem andar junto com os estudos de impactos ambientais rigorosos, e não exatamente simplificando etapas e desmerecendo o crédito de pesquisadores renomados. "Expertos" e pós-doutorados em PIB e bolsas de valores não possuem uma visão exata do que está acontecendo agora no país.

 Seus gráficos dão mais ênfase em "rios de dinheiros" e não em fenômenos ecológicos significativos e que precisam fazer parte do cenário de governança e de riscos potenciais que possam nos deixar mais vulneráveis ainda. A natureza ajuda a quem colabora com ela porque ela está no comendo. Se não for assim, logo criará um mecanismo de controle próprio e eficiente, para corrigir os desvios irresponsáveis da nossa ânsia desenfreada de desenvolvimento a qualquer custo.